Falece Papa Bento XVI: Globo analisa as cinco principais crises de seu papado até a renúncia

Papa Bento XVI foi o primeiro a renunciar ao cargo em 600 anos e se tornou Papa Emérito.

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Morreu o Papa Bento XVI, aos 95 anos, no Vaticano, após apresentar uma piora do estado de saúde e uma “visita de despedida” do Papa Francisco. Renomado teólogo e intelectual, Joseph Ratzinger se tornou o primeiro Papa Emérito da história, após renunciar voluntariamente.

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Em 2013, o religioso alegou deixar o cargo por estar com falta de vigor no corpo e na mente, o que segundo ele são necessários para lidar com os problemas da Igreja Católica. Antes de deixar o cargo, ele teve algumas crises em seu papado.

Crises do papado de Bento XVI

Um dos casos mais relevantes é o do VatiLeaks, no início de 2012, quando vazaram documentos confidenciais do Vaticano e do Papa. No escândalo, foram reveladas, entre outras situações, as lutas de poder entre os cardeais, além da corrupção na Cúria Romana.

Um momento delicado para Bento XVI foi lidar com os diversos casos de denúncias de abusos sexuais. A gestão sobre esse problema ainda acontece, mas a maior discussão é o que ele poderia ter feito enquanto Papa ou enquanto responsável pela Doutrina da Fé, no papado de João Paulo II.

Seu polêmico discurso em Regensburg e a relação com muçulmanos, onde ele fez uma citação que provocou revoltas no mundo do islamismo, é mais uma dessas crises. As tensões na América Latina, quando ele enfrentou grande resistência em alguns grupos de católicos, entre eles, no Brasil, também foi um momento polêmico em seu pontificado.

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Conservadorismo de Papa Bento XVI

Talvez, a mais significativa dessas crises está em seu conservadorismo, fazendo diversas reconciliações entre católicos considerados ultraconservadores e que não estavam em comunhão com o restante da Igreja. Esses gestos provocaram algumas reações negativas em todo o mundo, não só no catolicismo, mas também na comunidade judaica.