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O assassinato do padre José Aparecido Bilha, conhecido como padre Cido, continua rendendo uma série de manifestações por todo o país. O sacerdote de 63 anos, sendo 28 deles dedicados à vida religiosa, foi encontrado sem vida na última segunda-feira, dia 21 de novembro, na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, localizada na cidade de Guaíra, na Região Oeste do Estado do Paraná.
Investigações levadas a efeito pela Polícia Civil do estado indicam que o líder religioso sofria perseguição política em razão do apoio declarado ao presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, do PT (Partido dos Trabalhadores).
Padre Júlio Lancelloti diz ter ficado impactado com morte de sacerdote
Em entrevista ao portal New Mag, o padre Júlio Lancelloti comentou sobre o falecimento do sacerdote paranaense. Impactado com a notícia, o líder religioso soube do caso por meio de mensagens em grupos de WhatsApp: “A notícia me causou um impacto muito grande. Não consegui ficar bem esta noite de tão cruel e absurdo que é”, desabafou.
Segundo ele, a hipótese de suicídio com a qual as autoridades policiais trabalham deve ser revista. “Pelo modus operandi, acredito que um caso como este deveria ter uma investigação maior e que vai além da Polícia do Paraná, porque eles podem não ter o espaço suficiente para fazer a apuração”, opinou.
Júlio Lancelloti não descarta hipótese de crime político
O fato da faca usada no crime ter sido encontrada ao lado do corpo do sacerdote, para Júlio Lancelloti, não é prova apta a indicar um autoextermínio. Segundo ele, as perseguições que padre Cido sofria, bem como o contexto de tensão eleitoral vivida no Brasil nos últimos meses, devem colocar a hipótese de crime político em evidência nas investigações policiais.