Professora que sobreviveu ao ataque a escola faz desabafo e fala sobre o futuro: ‘profunda tristeza’

Uma das professoras que sobreviveu ao ataque às escolas disse que viveu momentos de terror.

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O ataque às escolas da cidade de Aracruz, interior do Estado do Espírito Santo, deixou o Brasil em choque. Uma das sobreviventes, a professora de química Bárbara Melodia Arrigoni, de 37 anos, concedeu uma entrevista ao portal de notícias G1 e falou sobre os momentos de terror vividos durante o atentado ocorrido na última sexta-feira (25).

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“Era o horário do recreio, preparei o meu lanche e sentei no mesmo lugar que sentava todos os dias. Depois de comer, a gente começou a ouvir tiros do lado de fora da sala. A gente entendeu que eram tiros e todo mundo se abaixou”, relatou a educadora que atua na área há 18 anos.

Professora explica detalhes do ataque

A professora foi atingida por dois tiros no braço e precisou ser internada. No entanto, a docente recebeu alta médica na manhã desta segunda-feira (28). A mulher relatou que o atirador entrou na sala dos professores e tentou atingir todos que estavam no local. Bárbara contou estar deitada debaixo da mesa e que o criminoso se aproximou de cada uma das professoras e atirou.

O delegado André Jareta explicou que o atirador descarregou duas vezes a arma na sala dos professores. A professora disse que viu duas colegas muito machucadas e entrou em desespero ao notar que elas não respondiam aos chamados. Maria da Penha Banhos e Cybelle Bezerra faleceram no local. Flávia foi hospitalizada, mas acabou não resistindo à gravidade dos ferimentos e morreu na tarde do último sábado (26).

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Futuro

A educadora usou o telefone celular para acionar a polícia, porém a chamada não completava. Na sequência, ela conseguiu falar com o marido. Bárbara conseguiu ajuda na residência de uma vizinha que a acolheu até ser socorrida e encaminhada ao hospital. Ela sofreu uma lesão no músculo do braço e uma fratura no pulso.

A docente relatou que não sabe como vai ser o futuro. “É uma situação de profunda tristeza”, desabafou Bárbara. Ela frisou que as vítimas eram todas colegas de trabalho que estavam juntas diariamente lutando para fazer o melhor para seus alunos.