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Um grupo de pessoa com aproximadamente 200 participantes fez uma caminhada entre as escolas que foram atacadas por um atirador de 16 anos em Aracruz, estado do Espírito Santo. O ataque aconteceu na última sexta-feira, 25 de novembro, deixando quatro pessoas sem vida e mais 12 feridas. A quarta vítima faleceu na tarde de sábado (25).
Com velas nas mãos, os participantes da manifestação rezaram em frente as escolas e durante o trajeto. A mobilização teve início na escola pública Primo Betti, local em que o atirador deixou três professoras sem vida. Na sequência, os manifestantes se dirigiram até o Centro Educacional Praia de Coqueiral, local em que a adolescente de 12 anos morreu.
Lembranças e homenagens
Em frente ao portão da escola pública, os manifestantes prestaram homenagens às vítimas e se abraçavam. Eles deixaram velas, flores e cartazes pedindo justiça. Na outra escola o cenário foi o mesmo, onde os alunos chegaram a se abraçar muito emocionados olhando para o palco da tragédia.
O responsável pelo ataque às escolas em Aracruz foi apreendido cerca de quatro horas depois do crime. O atirador é um jovem de 16 anos e filho de um policial militar. Inclusive, ele usou a arma do pai para cometer o crime.
Sobrevivente relata momentos de terror
Ana Paula Coutinho, de 53 anos, é professora da Escola Estadual Primo Betti. Muito emocionada, a educadora falou sobre os momentos de terror que viveu. “Quando ouvi o primeiro tiro, só consegui me jogar no chão e sair dali. Mas, os outros ficaram sem reação. Depois, voltei a ver as minhas colegas ensanguentadas no chão. Não dormi, Passei a noite pensando nelas”, relatou a mulher.
Os moradores ficaram em choque com a tragédia, pois eles relataram que o local sempre foi considerado tranquilo. Uma jovem de 13 anos que participava da manifestação deixou flores e ficou emocionada ao recordar da amiga que levou um tiro na cabeça e está em estado grave no hospital.