Monique Medeiros, mãe do garoto Henry Borel, está presa no Rio de Janeiro e tenta de todas as formas ser ouvida pelos investigadores da 16ª DP da Barra da Tijuca no inquérito que apura a morte do menino de quatro anos, ocorrida na madrugada do dia 8 de março.
Da prisão, Monique escreveu uma carta de 29 páginas que foi mostrada pelo Fantástico, da TV Globo, no domingo (25), e que também foi entregue aos investigadores. Na carta, Monique muda sua versão sobre o ocorrido na noite da morte de Henry.
O trio que defende a professora deu entrevista à revista eletrônica da TV Globo e Thaise Mattar Assad respondeu a uma pergunta impactante. “Por que que ela (Monique) não tomou a providência de tirar o filho de perto do Jairinho se ele estava sofrendo essas agressões?”, perguntou o repórter Carlos de Lannoy.
Se Monique tivesse tirado o filho de perto de Jairinho, a morte do menino talvez não teria ocorrido. O delegado Henrique Damasceno, da 16ª DP, acredita que o vereador matou a criança. Ele disse isso em entrevista no dia 8 de abril, quando o casal foi preso.
Resposta da advogada de Monique
Thaise respondeu ao questionamento feito pelo repórter falando sobre as agressões sofridas por Monique e sobre as mulheres que são vítimas da violência doméstica no Brasil. “Por diversas vezes ela foi até a casa dos pais delas com a criança novamente. Ela foi agredida. Ela sempre volta. Isso não é uma característica só da Monique, é uma característica de muitas mulheres que sofrem violência doméstica e que estão dentro dessa situação abusiva. É um ciclo vicioso”, explicou a advogada.