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A balconista Mariana Michelini, de 35 anos, residente do município de Matão, em São Paulo, se viu em meio a um grande drama, iniciado em 2020, após realizar um procedimento estético, que a fez ter parte da boca e do queixo “retirados”.
Em entrevista a Bethânia Nunes e Bruno Bucis, do site Metrópoles, Mariana revelou que na época não pagou nada pelo tratamento, tendo sido uma permuta por conta de seu outro trabalho, no qual, além de balconista, atua como modelo e influenciadora. Ainda segundo detalhado por Mariana, ela recebeu as orientações de que teria ácido hialurônico aplicado nos lábios, no queixo e nas maçãs do rosto.
Segundo ainda Mariana, seis meses após a aplicação do produto, teve uma reação alérgica grave. Mariana disse ter acordo com os lábios e o queixo inchados, vermelhos e doendo. Somente após alguns meses de pesquisa que a balconista descobriu que usaram PMMA (Polimetilmetacrilato), e não o ácido hialurônico como haviam lhe informado.
Procedimento usado por balconista não tem recomendação para fins estéticos no Brasil
O PMMA é uma substância plástica, geralmente usada para correção de pequenas deformidades ou a perda de gordura facial em pessoas com o vírus HIV. Ao contrário do que muitos pensam, o PMMA é diferente do ácido hialurônico e do colágeno, pois ele não é reabsorvido pelo organismo, se tornando um preenchedor definitivo. Aqui no Brasil, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica não recomenda o uso do produto, justamente por ele ser permanente e quase irremovível.
Balconista luta para retomar sua vida
Mariana foi atrás de um tratamento e acabou tendo que retirar parte do queixo e da boca. Hoje, a balconista luta para reconstruir sua boca. Enquanto passa por esse processo, Mariana conta que não consegue sair nas ruas, se não for de máscara. Há dois meses, Mariana fez sua primeira cirurgia. Mesmo não sendo uma solução definitiva, ela confessa que já é um grande passo para uma nova vida.