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Nathali Haydee Cunha era casada com Jhader de Melo Montalvão. Os dois são professores e tiveram dois filhos: um menino que tem 11 anos e uma menina que tem 15. Nathali atuava como professora particular, dando aula em casa, depois de mais de 10 anos trabalhando em escolas de Goiás e do Distrito Federal.
No dia 6 de dezembro,. Nathali procurou a UPA de Águas Lindas de Goiás. Ela estava com dores pelo corpo e o médico pediu um exame que deu negativo para dengue. Mesmo assim, diante dos sintomas, o profissional de saúde cravou o diagnóstico como dengue porque os sintomas eram parecidos. Nathali foi orientada a voltar para casa e tomar medicamento.
Nathali retornou à Unidade de Pronto Atendimento
No dia 11 de dezembro, Nathali retornou ao hospital porque o quadro de saúde não melhorava. Dessa vez, ela foi atendida pelo médico Pablo Henrique. Após a avaliação, o profissional entendeu que o quadro não era tão delicado e encaminhou a paciente para tomar duas bolsas de soro.
O problema é que o quadro de Nathali foi se agravando durante o atendimento. O advogado da família contou que o marido da paciente foi até o médico e disse que o quadro dela estava se agravando. O corpo estava ficando gelado e o rosto pálido. A mulher dizia que não queria morrer e que se sentia como se estivesse morrendo. Jhader pediu que o marido fizesse alguma coisa, mas ele disse que tinha que esperar o soro acabar.
Paciente morreu e marido agrediu médico
Em outro momento, o marido de Nathali voltou a procurar o médico, mas não o encontrou. Uma professora de enfermagem que estava no local viu Nathali e afirmou que ela tinha que estar na sala vermelha da UPA. O médico retornou à UPA e encontrou a mulher gritando de dor e se debatendo.
“Nesse momento, o médico disse: ‘é melhor você calar a boca, essa dor toda não é para isso””, contou o advogado da família. Nathali desmaiou algumas vezes, chegou a ser levada para a sala vermelha, mas não resistiu e morreu. Jhader ficou revoltado e agrediu o médico que atendeu a paciente. Aos policiais, ele contou que ficou nervoso com a situação. O profissional de saúde ficou ferido no rosto devido aos socos e um Boletim de Ocorrência foi registrado. Jhader pode responder por lesão corporal. O médico nega negligência no atendimento a paciente.