Massacre em creche: justiça bate o martelo e define punição para autor do atentado em Santa Catarina

Fabiano Kipper tinha 18 anos quando cometeu o crime, foi julgado e condenado pelas mortes que causou em ataque à creche.

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No desfecho de um julgamento sobre a tragédia de maio de 2021, quando um ato de violência chocou a pequena cidade de Saudades, em Santa Catarina, a justiça emitiu seu veredicto. Naquela ocasião, um jovem de 18 anos, Fabiano Kipper Mai, assassinou à sangre frio duas educadoras e três crianças em uma creche.

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Após dois anos de intensa investigação e análise das provas, o Tribunal do Júri da comarca de Pinhalzinho determinou que Fabiano fosse condenado a uma pena de 329 anos e 4 meses em regime fechado. O conselho de sentença, composto por seis mulheres e um homem, foi responsável por selar o destino do réu.

Fabiano já estava preso preventivamente

Desde sua prisão preventiva, no dia do massacre, Fabiano permaneceu em silêncio perante as autoridades, optando por não prestar depoimento. Em 4 de maio de 2021, ele adentrou a Escola Municipal Infantil Pró-Infância Aquarela com uma adaga comprada na internet, resultando na morte de duas funcionárias e três crianças. Uma quarta criança sobreviveu, mas não escapou dos ferimentos graves.

As acusações formuladas pelo Ministério Público eram graves e numerosas, abrangendo homicídios consumados e tentados. Fabiano foi acusado de cinco homicídios triplamente qualificados, 13 homicídios tentados duplamente qualificados, além de um homicídio tentado qualificado. As qualificadoras incluíam motivos torpes, uso de meio cruel e emprego de recurso que dificultou a defesa das vítimas.

Defesa alegou doença mental do autor do massacre

No âmago do julgamento,  houve um embate entre as avaliações psiquiátricas da defesa e da acusação sobre a saúde mental de Fabiano. Enquanto a defesa alegava esquizofrenia paranoide, que o tornaria inimputável, a acusação sustentava deficiência mental leve e transtorno de personalidade. O tribunal confrontou as versões divergentes, buscando discernir a capacidade do réu de compreender seus atos.

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Como prova adicional, o Ministério Público apresentou históricos de pesquisa da internet feitas por Fabiano. As buscas abordavam tópicos como fabricação de bombas, casos de ataques em escolas e compra de armas de fogo. Esses registros lançaram luz sobre um planejamento prévio do ataque e um perturbador sentimento de ódio por crianças e mulheres.