Bebê morre após horas de agonia e sofrimento em hospital particular de SP; família receberá indenização

Bebê sofreu antes de morrer no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo; caso está na Justiça.

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Os pais do bebê Pedro de Assis Cândido, de 1 ano, seguem de luto pela morte do filho. O menino morreu no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, no dia 7 de abril de 2018. O hospital foi condenado em segunda instância e terá que pagar R$ 969,6 mil aos pais do garoto.

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Como este valor receberá acréscimo de correção monetária e juros, o montante pode ultrapassar a marca de R$ 1 milhão. Em entrevista ao UOL, o pai de Pedro desabafou sobre o caso e recordou a morte trágica do filho, em seus braços.

Pedro morreu em hospital particular

“Meu filho caiu no meu braço, apagou, teve uma parada cardiorrespiratória. Deu um último suspiro e caiu”, recordou o pai de Pedro em entrevista ao UOL. A identidade do homem não foi divulgada. A família clama por Justiça e quer saber o que aconteceu.

Pedro sofria com infecções recorrentes e foi diagnosticado com doença granulomatosa crônica em 2017. O médico hematologista que o acompanhava recomendou o transplante da medula óssea. Pedro chegou ao hospital andando normalmente, fez exames e recebeu o ok para iniciar a quimioterapia. O objetivo da quimio era atingir a medula óssea do menino antes do transplante.

Morte e sofrimento

Minutos depois da primeira aplicação do medicamento, Pedro teve reações fortes e passou a chorar de dor. Foram quatro horas de sofrimento e de dor até que a enfermeira aplicou morfina. Segundo ela, a médica responsável, Alessandra Gomes, havia dado essa orientação por telefone. Algum tempo depois, o menino teve parada cardíaca, equipe de emergência do hospital com cerca de 20 profissionais foi acionada.

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No dia seguinte, os pais receberam a notícia de que o menino tinha morrido. Cinco anos depois deste caso, o hospital foi condenado em segunda instância e pode recorrer no STJ ou STF. A médica Alessandra Gomes, responsável pelo bebê no período de internação, virou ré por homicídio culposo por suposta negligência. A defesa da médica nega as acusações. O Sírio Libanês não comenta os casos que estão na Justiça.