Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente do Brasil, recebeu 4 votos contra 1 no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelo pedido de inegibilidade nesta sexta-feira (30/09). O político, que ficou na cadeira da Presidência da República entre 2018 e 2022, foi julgado pelos ministros do TSE. Contudo, um detalhe na legislação poderá mudar esse resultado.
A ministra Cármen Lúcia foi a responsável por dar o voto final, que faltava, para condenar Bolsonaro à ineleição. A magistrada, antes mesmo de proferir a sua escolha oficialmente, disse que votaria em Bolsonaro. Com isso, Bolsonaro já perde a chance de concorrer nos próximos 8 anos.
Bolsonaro ficará inelegível, mas tem chance de recorrer
Apesar do voto de Cármen Lúcia ter tirado Bolsonaro do páreo para qualquer cargo político nos próximos anos, ainda faltam os votos dos ministros Nunes Marques e Alexandre de Moraes, que é o presidente do TSE.
A defesa de Bolsonaro ainda pode recorrer e tentar reverter a decisão do TSE. O processo contra Bolsonaro foi aberto pelo PDT. O partido diz que Jair Bolsonaro causou prejuízo ao Brasil cometendo abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação.
Falas de Bolsonaro levaram a processo de inelegibilidade
O fato relacionado seria a reunião de julho de 2022, na qual Jair Bolsonaro esteve com embaixadores e disse mentiras. Uma delas seriam supostas fraudes, nunca comprovadas.
Na ocasião, os vídeos de Bolsonaro circularam nas redes sociais, ainda em 2018, mostram pessoas supostamente apertando o número “1” e a urna completando com o “3”. As imagens são falsas e a Justiça Eleitoral já desmentiu. Bolsonaro falava que deveria ter vencido a eleição em primeiro turno.