Tensão mundial: mercenários do Grupo Wagner se voltam contra Rússia e real motivo é exposto

Autoridades dos EUA e do Ocidente foram pegas desprevenidas pela escalada com o chefe de Wagner, dizem fontes.

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A tensão latente entre a cúpula militar de Moscou e Yevgeny Prigozhin, o líder do grupo privado de mercenários Wagner, desencadeou uma rebelião aberta que mergulha a Rússia em um mar de incertezas ainda maiores, com a ameaça real de uma guerra civil.

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Rotulado pelo presidente russo Vladimir Putin como “traição” e “revolta armada”, o motim teve início na sexta-feira (23), quando tropas do grupo de mercenários adentraram a cidade russa de Rostov-on-Don.

Na sexta-feira, Prigozhin iniciou um discurso incisivo contra os militares russos, seguido pelo avanço de suas tropas em direção a Rostov-on-Don.

O que o líder do grupo de mercenários fez?

O desdobramento dramático dos eventos teve início na sexta-feira, quando Prigozhin acusou abertamente os militares russos de atacarem um acampamento do Wagner e eliminarem uma considerável quantidade de seus homens.

Ele prometeu retaliar com vigor, insinuando que suas forças iriam “destruir” qualquer resistência encontrada, incluindo bloqueios de estradas e aeronaves. “Somos 25 mil e vamos descobrir por que existe tanto caos no país”, declarou.

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Posteriormente, Prigozhin voltou atrás em suas ameaças, afirmando que sua crítica à liderança militar russa era uma marcha em prol da justiça e não um golpe, porém, nesse momento, ele já parece ter ultrapassado os limites com o Kremlin.

Exigências de grupo Wagner

A crise se agravou quando Prigozhin anunciou que seus combatentes haviam adentrado a região russa de Rostov e ocupado instalações militares estratégicas em sua capital. Rostov-on-Don é o quartel-general do comando militar no sul da Rússia e abriga cerca de um milhão de habitantes.

O líder do grupo divulgou um vídeo declarando que suas forças iriam bloquear Rostov-on-Don, a menos que o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, e o principal general russo, Valery Gerasimov, fossem encontrá-lo. Prigozhin vem protestando contra Shoigu e Gerasimov há meses, responsabilizando-os pela invasão fracassada da Ucrânia por parte de Moscou.

Grupo Wagner se aproxima de Moscou e Rússia reforça a segurança da Praça Vermelha. Após tomar controle da cidade de Rostov, os combatentes do exército privado comandado por Yevgeny Prigozhin iniciaram uma corrida de 1.100 km rumo a Moscou. Neste sábado (24), o líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, revelou que aproximadamente 70 combatentes russos da Guarda Nacional se juntaram às suas tropas.