Submarino implodido: imagem de botas no fundo do mar é dos destroços do Titanic e não do Titan

Imagem de sapatos no fundo do oceano que circula na web é de destroços do Titanic e não de detritos submarinos.

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A notícia sobre o desaparecimento do submarino que fazia expedição para ver o destroços do Titanic continua sendo assunto principal nas redes sociais. Depois que a Guarda Costeira dos EUA anunciou recentemente a descoberta de fragmentos do submarino, uma imagem começou a ser viralizada nas redes sociais.

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A publicação mostra um par de botas enterradas no fundo do mar arenoso e tem sido compartilhada em várias plataformas como Twitter e TikTok, com alguns usuários afirmando que são restos do Titan. 

Imagem não se trata de destroços encontrados na busca pelo Titan

Na imagem, é possível ver a parte inferior de duas botas emergindo do fundo do mar, parcialmente cobertas por outros detritos. No entanto, essa foto não retrata dos destroços do Titan, mas sim os destroços do Titanic, capturados em 2004.

Outra prova de que esses objetos não são os destroços do Titan, é que a imagem foi utilizada anteriormente em notícias sobre o famoso naufrágio que ocorreu em 1912.

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A foto original foi fornecida pelo Instituto de Exploração e Centro de Oceanografia Arqueológica da Universidade de Rhode Island e pelo Escritório de Exploração Oceânica da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica.

Críticas à segurança do submarino

Um membro da equipe de pesquisa que encontrou os destroços do Titanic chamou a falta de certificação por especialistas externos de “a arma fumegante” no caso do submarino Titan.

Bob Ballard, que auxiliou na descoberta do naufrágio em 1985, afirmou à ABC: “Fizemos milhares e milhares e milhares de mergulhos com outros países também nessas profundidades e nunca tivemos um incidente. Portanto, esta é a primeira vez, e a arma fumegante é que esta é a primeira vez de um submarino que não foi classificado.”

No entanto, essa não é a primeira vez que são feitas críticas à segurança do submarino de 21 pés da OceanGate.

Em 2018, a Sociedade de Tecnologia Marinha (MTS) enviou uma carta a Stockton Rush, CEO da OceanGate e passageiro do Titã, expressando preocupações de segurança e regulatórias relacionadas ao submarino.