Vídeo – atirador fez terror psicológico: ‘Eu sei que tem gente aí! Pode abrir a porta ou vai morrer todo mundo’

O atirador de Cambé, no Paraná, adotou uma tática de terror psicológico contra os alunos que tentaram se esconder durante o atentado.

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Na última segunda-feira (19), um ataque a tiros na cidade de Cambé, no Paraná, resultou na morte de dois estudantes do Colégio Estadual Professora Helena Kolody. A ação chocou a comunidade e levantou preocupações sobre a segurança nas instituições de ensino.

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O atirador, um ex-aluno da escola cuja identidade não foi divulgada pelas autoridades, foi filmado pelos alunos enquanto perpetrava o ataque. As imagens, que circulam nas redes sociais, mostram o momento em que o agressor impõe terror psicológico aos estudantes, que buscavam desesperadamente se proteger.

Parte dos alunos conseguiu se abrigar dentro de uma sala de aula, trancando a porta para evitar a entrada do atirador. No entanto, ele se aproximou da porta e exigiu que os alunos a abrissem, ameaçando tirar a vida de todos eles. “Eu sei que tem gente aí! Pode abrir a porta, ou vai morrer todo mundo”, gritou o marginal.

Atentado causa dois óbitos

Dois jovens perderam a vida no ataque. Karoline Verri Alves, de 17 anos, foi atingida por disparos e faleceu no local. Já Luan Augusto, de 16 anos, foi levado às pressas para o Hospital Universitário (HU) de Londrina, próximo à cidade de Cambé, onde passou por uma cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos e veio a óbito no início da madrugada desta terça-feira (20). Ambos eram namorados e integrantes de um grupo religioso de jovens na comunidade católica de Cambé.

Atirador sofre de transtorno esquizofrênico

De acordo com relatos, o atirador acessou a escola sob o pretexto de buscar seu histórico escolar. Em determinado momento, ele pediu para ir ao banheiro, onde trocou de roupa e saiu com a arma de fogo usada no crime em mãos. Durante uma aula de Educação Física, enquanto os estudantes jogavam tênis de mesa, o atirador efetuou vários disparos, atingindo Karoline e Luan, além de provocar pânico e desespero entre os presentes.

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As análises periciais indicam que pelo menos 12 disparos foram realizados. No entanto, a ação criminosa poderia ter sido ainda mais devastadora se não fosse a atuação corajosa de um professor que tinha capacitação técnica. Ele conseguiu conter o atirador, evitando uma tragédia de maiores proporções.

Em depoimento às autoridades policiais, o atirador confessou ter planejado o crime por quatro anos, mas alegou não tê-lo realizado anteriormente devido à falta de recursos financeiros. Segundo ele, a arma de fogo utilizada no ataque foi adquirida há poucas semanas por R$ 4,5 mil. O agressor afirmou desconhecer as duas vítimas fatais.

https://twitter.com/Metropoles/status/1670899716446453763

A polícia encontrou um caderno com anotações que fazem menção a outros atentados, incluindo o ocorrido em Suzano, no estado de São Paulo, levantando preocupações sobre a existência de possíveis conexões entre esses episódios trágicos. A família do atirador informou que ele sofre de esquizofrenia e está em tratamento psiquiátrico. No entanto, ainda não se sabe se a doença foi um fator determinante para o ataque.