Atirador do Paraná já tinha esfaqueado aluno em outra escola e planejou o crime por quatro anos

O criminoso foi denunciado por um atentado no ano passado, mas o processo não chegou ao fim.

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Um ataque trágico chocou a comunidade escolar nesta terça-feira (20) no Colégio Estadual Helena Kolody, localizado na cidade de Cambé, no estado do Paraná. Um jovem de 21 anos, com histórico de violência, realizou um atentado que resultou na morte de duas pessoas e deixou a população em estado de choque.

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De acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública (Sesp), o atirador já possuía antecedentes violentos. No ano passado, ele tentou esfaquear um outro adolescente, aluno de uma escola diferente, o que resultou na abertura de um inquérito policial na cidade de Rolândia, próxima a Cambé. No entanto, as investigações não foram concluídas, pois o acusado teria fugido.

Atirador do Paraná tinha passagem pela polícia

O secretário estadual de Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira, revelou que o criminoso chegou a ser denunciado pelo Ministério Público ao Poder Judiciário por tentativa de homicídio. Segundo as autoridades, antes do atentado em Rolândia, o atirador não apresentava indícios de que poderia cometer um ato dessa natureza.

A família do agressor informou que ele é portador de esquizofrenia e estava em tratamento psiquiátrico. Em depoimento à polícia, o atirador revelou que planejava o crime há pelo menos quatro anos, mas não o executou anteriormente por falta de recursos financeiros.

Atirador do Paraná se inspirou em outros atentados

No ano de 2023, o atirador conseguiu adquirir ilegalmente uma arma de fogo, pagando o valor de R$ 4,5 mil. Durante a apreensão, foram encontradas com ele diversas munições, carregadores de armas, uma machadinha e um caderno. Neste caderno, o atirador registrava pensamentos relacionados a atentados ocorridos no passado, como o de Suzano, em São Paulo, e o Massacre de Columbine, nos Estados Unidos.

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Os responsáveis pela coleta dos depoimentos afirmaram que o atirador nutria um sentimento de raiva e mágoa, que foi intensificado ao longo dos últimos anos. A investigação revelou que o criminoso estudou no próprio colégio alvo do atentado em 2014, o que pode ter influenciado sua escolha.

Segunda vítima do atentado no Paraná falece durante a madrugada

O atentado resultou na morte de dois jovens. Karoline Verri Alves, de 17 anos, e Luan Augusto, de 16, que eram namorados. As vítimas foram atingidas pelos disparos enquanto praticavam tênis de mesa durante a aula de Educação Física. A jovem faleceu instantaneamente no local, enquanto o garoto foi encaminhado ao Hospital Universitário de Londrina, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu durante a madrugada desta terça-feira.