Acontece hoje, 16/5, a partir das 16 horas em todas as capitais do País uma grande manifestação em apoio ao Sesc e Senac para evitar o corte de 5% no orçamento das entidades, que pode levar ao fechamento de 65 unidades e comprometer a qualidade dos serviços prestados à população. Em Belo Horizonte, a manifestação será na Praça Sete, sob a liderança do presidente do Sistema Fecomércio MG, Sesc, Senac e Sindicatos Empresariais, Nadim Donato, e representantes dos setores envolvidos.
Desde que o projeto de lei foi apresentado, a CNC e as entidades vinculadas vêm alertando sobre os prejuízos causados pela proposta, que retira recursos destinados a projetos voltados para educação, cultura, assistência social e atendimentos médicos gratuitos e repassa para a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) promover o turismo nacional no exterior.
Campanhas nas redes sociais das entidades, com o apoio de artistas, atletas e personalidades da cultura e da educação, e uma petição popular que já soma mais de 460 mil assinaturas de todas as regiões do Brasil demonstram o posicionamento contrário aos artigos 11 e 12 do PLV 09/2023.
A mobilização nacional marcada para o dia 16/5, chamada de Dia S, vai reforçar junto à sociedade os esclarecimentos sobre prejuízos causados pela proposta e defender que seja encontrada outra solução para obter recursos destinados a divulgação do turismo no exterior.
O projeto, que já foi aprovado pelo Câmara dos Deputados, será votado pelo Senado no dia 17/5. Se aprovado, o corte será realizado no orçamento do próximo ano. Por isso, a CNC, o Sistema Fecomércio MG, Sesc, Senac e Sindicatos Empresariais destaca a urgência da manifestação e convoca a todos para participar do Ato em defesa do Sesc e do Senac, contribuindo para impedir a o desvio dos recursos.
Números dos prejuízos à população
As perdas de 5% para o serviço social no Brasil proporcionado pelo Sesc representam:
• menos R$ 121 milhões aplicados em atendimentos gratuitos;
• redução de 2,6 milhões de toneladas de alimentos distribuídos;
• menos 2,6 mil exames clínicos;
• queda de 7,7 mil matrículas em educação básica;
• redução de 37 mil atendimentos em atividades físicas e recreativas;
• menos 2 mil apresentações culturais com público de 14 milhões;
• fechamento de 36 unidades;
• corte de 1.994 postos de trabalho; e
• encerramento de atividades em 101 municípios.
As perdas de 5% para a educação profissional no Brasil representam:
• queda de 7 milhões de horas-aula gratuitas;
• perda de 31.115 matrículas gratuitas;
• fechamento de 29 centros de formação profissional;
• fechamento de 23 laboratórios em turismo;
• corte de 1.623 postos de trabalho; e
• encerramento de atividades em 95 municípios.