Em entrevista coletiva realizada neste sábado (08), a diretora e professores do Centro Educacional Cantinho Bom Pastor falaram pela primeira vez sobre o ocorrido.
Além do relato da diretora Alconides, a funcionária Francine Ferreira, que fazia a limpeza do local, disse ter corrido para o parquinho no momento do ataque. Lá, encontrou a professora Célia, que fazia os primeiros socorros, em um dos meninos que foi atingido pelo criminoso.
Relato forte
“A professora Celia estava lá, desesperada, tentando puxar as crianças para fora, uma delas estava ferida. Eu disse: ‘Celia, tira tua blusa para estancar o sangue dele’. Ela tirou a blusa, estancou o sangue”, relembrou a funcionária da creche.
Além das quatro vítimas fatais, que tinham entre 4 e 7 anos, outras cinco crianças foram feridas na ação criminosa. Todas já receberam alta médica. O ataque se concentrou no parquinho, onde cerca de 25 alunos brincavam, após tomarem café.
Em seu relato, a diretora da escola revelou ter pedido para que as professoras trancassem as crianças no banheiro, para que o criminoso não fizesse nenhum mal.
Medidas cabíveis
Ainda segundo a diretora da unidade, haverá uma reunião na próxima terça-feira (11), envolvendo a creche e vários órgãos, como prefeitura, Ministério Público, Polícia Civil, deputados e outros parlamentares, para debaterem como será a retomada das atividades no local, e o futuro da segurança nas escolas da região.
A gestão pública e também membros da área privada da saúde disponibilizaram assistência psicológica aos professores, crianças e familiares. A perspectiva é de que a unidade de ensino infantil seja reaberta na próxima semana.