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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) compareceu à sede da Polícia Federal em Brasília nesta quarta-feira (5) para prestar depoimento sobre os três conjuntos de joias dados de presente pelo governo da Arábia Saudita a ele e à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
O depoimento estava marcado para as 14h30 e, por conta disso, a Polícia Federal reforçou a segurança em torno do prédio e isolou o estacionamento público no local. Além de Bolsonaro, outras oito pessoas foram intimadas a prestar esclarecimentos simultaneamente.
Investigação por suposto crime de peculato
O inquérito da PF investiga se o ex-presidente cometeu o crime de peculato ao tentar ficar com as joias, em especial um conjunto avaliado em R$ 16 milhões, que foi retido pela Receita Federal em outubro de 2021. Peculato ocorre quando um funcionário público se apropria de dinheiro ou bens dos quais tem posse em razão de seu cargo. A pena varia de 2 a 12 anos de prisão, além do pagamento de multa.
O ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid Barbosa, que intermediou a tentativa de liberação das joias na alfândega, também estava previsto para depor no mesmo dia que o ex-presidente. Além disso, outras oito pessoas também foram intimadas a prestar esclarecimentos simultaneamente, entre elas o ex-assessor especial Marcelo Camara e o ex-chefe da Receita Federal Julio Cesar Vieira.
Bolsonaro chora e diz que aceita qualquer acordo para não ir preso, diz Janones
O deputado André Janones divulgou, em seu perfil oficial no Twitter, que fontes teriam dito que Bolsonaro chorou durante o depoimento e teria topado qualquer acordo para não ser preso.
“Alguém aí com peninha?”, debochou Janones. Os seguidores não se calaram e responderam ao post do político.
“Avisa pra ele que chega de mimimi”, disse uma seguidora. “É assim, basta chorar?? Eita país esquisito…”, comentou outra.