Medo faz professores criarem canal de comunicação para evitar novos ataques em escolas

A presença da Polícia Militar nas escolas não é bem vista por pessoas do aparato escolar.

PUBLICIDADE

Na manhã da última segunda-feira (27), uma notícia abalou todo o Brasil. Um adolescente, de 13 anos, entrou em uma escola, localizada em São Paulo, e atacou professores e colegas de classe. O ataque culminou com a morte de um professora, de 71 anos, e outras 4 pessoas ficaram feridas.

PUBLICIDADE

Com receio de que novos ataques ocorram, alguns profissionais da educação criaram um canal de comunicação através do aplicativo de mensagens, WhatsApp. O principal objetivo do grupo é cientificar atitudes suspeitas nas escolas e evitar novas tragédias. 

Em entrevisto ao site G1, um professor declarou que sofreu ameaças de um grupo de alunos que supostamente estariam sendo vítimas de bullying. “Eles começaram a gritar que matariam todo mundo“, disse o professor. Além dos professores, os estudantes também viram a necessidade de criarem canais de comunicação.

Após o ataque, o governador de São Paulo, Tarcísio Freitas, disse que haveria a possibilidade da Polícia Militar permanecer no ambiente escolar para aumentar a segurança. Entretanto, a ideia não foi bem vista por professores e alunos. Estudantes relataram episódios em que policiais militares agrediram estudantes sem motivos aparentes.

Os pais das crianças e adolescentes se mostraram atormentados. Uma mãe chegou a questionar como o ato de violência não foi contido, visto que o agressor já vinha proferindo ameaças. A deputada estadual Paula Nunes (PSOL), que esteve presente no ato de paz após o ataque, declarou que a presença da Polícia Militar nas escolas não resolverá o problema, visto que primeiramente é necessário discutir o sucateamento do ensino público no Brasil.

PUBLICIDADE