Tráfico internacional e evasão do distrito da culpa: PF considera prisão de Bolsonaro após escândalo vir à tona, diz site

Investigadores já dão prazo para emitir pedido de prisão do ex-presidente após escândalo das joias milionárias.

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A Polícia Federal está considerando a possibilidade de pedir a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro diante das recentes revelações sobre a tentativa do político de fazer entrar ilegalmente joias avaliadas em R$ 16,5 milhões no Brasil.

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Bolsonaro já é alvo de investigações sobre atos golpistas em Brasília em janeiro de 2022, mas esta apuração ainda não reuniu elementos que justifiquem um pedido de prisão. No entanto, a questão das joias milionárias, junto com o desrespeito de Bolsonaro ao acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o recebimento de presentes de elevado valor comercial, pode justificar uma prisão preventiva.

Polícia Federal cogita pedir prisão de Bolsonaro caso ele não retorne ao Brasil

Segundo reportagem da jornalista Carolina Brígido, do portal UOL, a PF tem cogitado pedir a prisão de Bolsonaro caso ele não retorne ao Brasil até abril de 2023, pois sua permanência nos Estados Unidos pode configurar evasão do distrito da culpa.

Além disso, o ex-presidente se apossou de outro conjunto de artigos de luxo milionário que foi um “presente” do governo da Arábia Saudita, sem declará-lo à Receita Federal e em desrespeito ao acórdão do TCU. Caso essas peças não sejam apresentadas publicamente e devolvidas ao patrimônio da União, a PF pode realizar operações de busca e apreensão nos endereços de Bolsonaro.

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Tráfico internacional de armas

O ex-presidente ganhou um fuzil e uma pistola durante uma viagem oficial aos Emirados Árabes em 2019 e os incorporou ao seu “acervo pessoal”, o que pode ser considerado ilegal segundo o acórdão do TCU.

A deputada federal Luciene Cavalcante (PSOL-SP) protocolou uma representação junto ao Ministério Público Federal (MPF) solicitando a prisão preventiva de Bolsonaro por improbidade administrativa, peculato e tráfico internacional de armas. O MPF ainda não se pronunciou sobre o assunto.