Após tentativa de jejum de 40 dias, pastor falece no hospital; anemia profunda

O pastor não resistiu e faleceu após 25 dias de jejum sem comida e sem água.

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A morte de um pastor em Moçambique após tentar jejuar por 40 dias gerou polêmica e reacendeu o debate sobre os limites da prática religiosa. Francisco Barajah, fundador da Igreja Evangélica de Santa Trindade, havia decidido jejuar por um período prolongado, reproduzindo um episódio semelhante descrito na Bíblia e atribuído a Jesus Cristo.

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Após 25 dias sem comida e sem água, ele já havia perdido peso e já não conseguiu levantar-se da cama. Ele foi hospital por insistência de sua família e de alguns fiéis da igreja. Barajah faleceu aos 39 anos, vítima de anemia aguda e insuficiência dos órgãos digestivos.

A prática do jejum era comum na igreja do pastor

Membros da Igreja de Santa Trindade relataram ser comum o pastor e seus fiéis jejuarem, mas não por tanto tempo. O caso levantou questões sobre os limites da prática religiosa. O jejum é uma prática comum em várias religiões, mas deve ser feito com moderação e orientação médica, especialmente em períodos prolongados.

O caso também gerou controvérsias sobre o diagnóstico de óbito dado pelos médicos. O irmão do pastor, Marques Manuel Barajah, contestou a versão oficial e disse que o pastor sofria de pressão baixa. Essa afirmação levantou dúvidas sobre a capacidade de algumas pessoas de distinguir entre a fé e a razão, e sobre o papel da medicina na avaliação das causas de uma morte. 

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Outro aspecto que merece reflexão é o papel das lideranças religiosas na orientação de seus fiéis. Embora muitos líderes religiosos sejam respeitados e admirados por suas comunidades, eles não estão imunes a erros e equívocos. É importante que eles sejam responsáveis e tenham consciência dos riscos envolvidos em algumas práticas religiosas, e que orientem seus fiéis conscientemente.

Morte do pastor liga sinal de alerta

O caso do pastor Francisco Barajah, não é um caso isolado, já que outras mortes já foram relatadas nas mesmas condições. Isso serve como um alerta para a importância de se conhecer os limites do corpo humano e entender que nem todas as pessoas possuem condições físicas de se submeter a qualquer tipo de jejum, ainda mais se tratando de um jejum tão prolongado e sem o consumo de água.