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Um homem morreu após receber uma anestesia, aplicada pelo profissional enquanto fazia uma tatuagem em seu braço esquerdo. A sessão de David Luiz Porto Santos, de 33 anos, já durava mais de 8 horas.
O caso aconteceu em Curitiba e veio a público na última quarta-feira (8), após a polícia ouvir o depoimento da esposa da vítima e detalhar o caso. O homem morreu no dia 19 de abril de 2021, mas a polícia divulgou os detalhes de sua investigação somente esta semana.
Investigação aponta má conduta do tatuador
Para a polícia, a viúva de David, disse que ele estava bem até os retoques finais na tatuagem. Logo em seguida, segundo a mulher, o profissional aplicou um anestésico no braço do rapaz. Minutos depois, David questionou o que o tatuador havia passado em seu braço, e disse que não estava se sentindo bem. “Eu coloquei a mão no peito do meu marido e vi que o coração estava acelerado. Pedi pra chamar o Samu”, contou a mulher.
A investigação apontou irregularidades na conduta do tatuador, de 27 anos. Ele disse que tinha o costume de usar anestésico durante as sessões e admitiu que conseguiu o medicamento por meio de receita. Segundo o delegado Wallace de Brito, a receita era assinada por uma médica veterinária, que em depoimento, negou que tenha fornecido o receituário.
O tatuador será interrogado hoje na delegacia. A investigação deve terminar com a acusação de homicídio culposo, diante da confissão informal do tatuador e as provas apresentadas.
Causa da morte
O medicamento que o tatuador utilizou é chamado de lidocaína. O anestésico é normalmente usado para reduzir a dor em pacientes submetidos a procedimentos médicos. Um relatório de autópsia no corpo de David não conseguiu definir a causa da morte, descrita como ‘indeterminada’.