Sarí Gaspar Corte Real, condenada a oito anos e seis meses de detenção por óbito do menino Miguel Otávio de Santana, não foi presa. A negativa da prisão foi assinada por um juiz da Justiça de Pernambuco. Ela foi condenada por abandono de incapaz, que resultou no falecimento da criança.
O caso do garoto Miguel foi um dos mais noticiados do país em 2020. A criança caiu do 9º andar de um prédio luxuoso de Recife, capital do Pernambuco. O óbito dele gerou uma grande repercussão nacional e motivou protestos em todo o país.
Sarí Corte Real não é presa pelo caso Miguel
Sarí Gaspar Corte Real foi condenada em primeira instância em um julgamento que ocorreu em maio deste ano. Na sentença expedida na ocasião, um juiz deu a permissão para que ela recorresse a essa decisão em liberdade.
Mesmo tendo passado alguns meses, a assistência da parte acusadora solicitou que ela fosse presa, uma vez que a condenada teria desrespeitado algumas medidas que foram impostas pela Justiça.
O juiz Edmilson Cruz Júnior, que atua como auxiliar da 1ª Vara dos Crimes Contra Criança e Adolescente da Capital, assinou essa negativa da prisão. Essa sentença foi dada no dia 19 de julho deste mês, saindo no Diário Oficial da Justiça nesta última segunda-feira (25).
Caso Miguel
O menino Miguel é filho de Mirtes Santana, que na época era empregada doméstica de Sarí. Ele estava sob os cuidados da então primeira-dama da cidade de Tamandaré, enquanto sua mãe estava passeando com uma cachorra dos patrões. No dia 2 de junho de 2020 a criança entrou no elevador à procura da mãe. Foi atestado pela perícia que a acusada apertou o botão para a cobertura do prédio e saiu.