Bolsonaro debocha de massacre em favela no Rio de Janeiro em resposta para jornalistas

Presidente do Brasil respondeu pergunta sobre solidariedade de forma agressiva e falou apenas sobre falecimento de oficial.

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) deu uma resposta debochada a um jornalista, que questionou sua opinião a respeito dos mortos no Complexo do Alemão, nesta sexta-feira (22/07), após uma incursão da Polícia Militar em um dos maiores conjuntos de favelas do país. O chefe do Poder Executivo estava no Palácio do Planalto e atendeu aos jornalistas, que o questionaram sobre diversos temas políticos e de interesse dos brasileiros.

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Bolsonaro lamentou apenas a morte de uma pessoa: o cabo Bruno de Paula da Costa. O presidente o chamou de “irmão paraquedista”. Além de Bruno, outras 18 pessoas perderam a vida na ação, com mortes de moradores. Alguns precisaram ser levados, já mortos, enrolados em lençóis de parentes e vizinhos. As imagens circularam o mundo. Duas mulheres, que apenas passavam pela região, foram vítimas, de acordo com o site Yahoo Notícias.

Bolsonaro faz pouco caso de mortos no Alemão e manda recado para jornalista

Jair Bolsonaro afirmou que ligou para a irmã de Bruno de Paula, que trabalhava na Unidade de Polícia Pacificadora do Complexo do Alemão (UPP) e acabou morto no tiroteio. O presidente deu um recado ao ser perguntado sobre o que achava do massacre que acometeu moradores do Alemão.

“Você que se solidarize com essas pessoas, tá ok?”, respondeu Bolsonaro para o jornalista. Segundo dado da Universidade Federal Fluminense (Uff), a chacina foi a quarta mais letal da história do Rio de Janeiro. 

O massacre no Complexo do Alemão aconteceu em uma ação, no início da manhã desta sexta-feira (22). Foram movidos para a região 400 policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Polícia Militar e Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). A Polícia Civil também foi envolvida. De acordo com o tenente-coronel do Bope, Uirá Nascimento, haveria um plano secreto de quadrilhas que pretendiam roubar bancos e invadir outras favelas.

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