Um profissional que atuava ao lado de Giovanni Quintella Bezerra, no Hospital da Mulher de São João do Meriti (RJ), prestou depoimento e deu detalhes do modo como o anestesista procedia no ambiente de trabalho. Giovanni foi detido em flagrante na segunda-feira (11), após abusar de uma paciente durante o parto.
O colega de trabalho do anestesista contou que Giovanni costumava solicitar a saída do acompanhante da parturiente do leito. Ele dava a desculpa de que a paciente estava com náuseas e aplicava mais sedativos. Depois disso, o anestesista reclamava da temperatura da sala de cirurgia.
Giovanni usava um “capote cirúrgico” e fazia uma espécie de cortina que impedia a equipe de ver a cabeça da paciente. O anestesista ficava em pé durante todo o tempo e próximo da cabeça da paciente. No depoimento, o funcionário do hospital deu mais detalhes.
Após a gravação do abuso cometido por Giovanni, a equipe de enfermagem se reuniu e decidiu procurar a direção do hospital. Giovanni foi comunicado que só participaria de novas cirurgias, como auxiliar de outro anestesista. Após a notícia, ele foi à copa, onde a equipe de enfermagem se reúne. No local, o anestesista perguntou se alguma paciente havia procurado a ouvidoria do hospital para fazer reclamação.
Por fim, a equipe conseguiu gravar o abuso. O profissional de saúde foi preso em flagrante, passou por audiência de custódia e a prisão foi convertida de flagrante para preventiva. A juíza responsável, Raquel Assad da Cunha, afirmou que Giovanni agiu de forma brutal. O anestesista está detido no pavilhão 8 do Complexo de Bangu.