Crianças que ficaram 27 dias desaparecidas sem comer falam pela primeira vez e contam maior medo

Meninos foram internados com sinais de desidratação e desnutrição após ficarem desaparecidos.

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Os irmãos Geliçon, de 9 anos, e Glauco, de 7, ficaram 27 dias desaparecidos na mata, próximo ao local em que vivem com a família. Nessa região fica a Aldeia Palmeira, na Floresta Amazônica, a 400 quilômetros da capital do estado, Manaus.

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Os meninos saíram de casa para caçar passarinhos, porém não souberam voltar e só foram localizados na última terça-feira (15), cerca de 35 quilômetros longe de casa. O agricultor Manoel, indígena da etnia munduruku, foi quem encontrou os garotos.

O homem estava procurando madeira no meio da mata quando ouviu um barulho. Ele contou que os meninos estavam fracos e mal conseguiam se locomover, tendo dificuldades até para chegar na canoa. As crianças foram entregues aos pais cerca de uma hora e meia depois de terem sido encontrados.

Meninos que desapareceram revelaram maior medo

Pela primeira vez os meninos conversaram com uma equipe de reportagem. A matéria foi exibida neste domingo (20), no Fantástico. O repórter perguntou a um deles qual o maior medo que eles tiveram. Gleiçon respondeu que foi quando choveu e que eles só ingeriram água nestes dias.

Mãe de meninos conta que está feliz agora

Rosinete da Silva Carvalho, mãe dos meninos, disse que está muito feliz em ver os filhos comendo por todos os dias que ficaram sem se alimentar, pois eles ficaram 27 dias sem qualquer tipo de alimentação, além de terem ficado com fome e frio e sem ter o calor da mãe.

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A mulher ressalta que o fato de eles serem indígenas foi o que os ajudou a sobreviver: “Porque eles têm aquele modo, aquele costume que a gente fala “da terra”, de comer as frutas que eles conhecem. E foi isso mais que alimentou eles”.