Fim da pandemia? Após dois anos, médico dá notícia que o mundo todo espera

Especialista respeitado disse que pandemia pode acabar. Vacinas teriam sido as grandes responsáveis por essa vitória.

PUBLICIDADE

O infectologista Julio Croda concedeu uma entrevista ao jornal O Globo nesta quarta-feira (23/02) falando que o Brasil pode estar vivendo um cenário favorável para o que pode ser chamado de “fim da pandemia“. Em suas palavras, ele destacou que a vacinação tem sido uma grande aliada para que os profissionais de saúde pudessem olhar o cenário com mais esperança e possibilidade de respirarmos mais aliviados.

PUBLICIDADE

Julio Croda é pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Friocruz) e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT). Internacionalmente conhecido por trabalhar diretamente no enfrentamento à tuberculosa, ele declarou que a pandeia de Covid-19 pode estar próximo a seu fim. No começo dela, em 2020, Julio trabalhou no Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde. 

Em conversa com a jornalista Giulia Vidale, o infectologista destacou que em breve o uso de máscaras poderá ser relaxado, mas que é preciso que a população siga todos os esquemas vacinais recomendados. A adesão ao imunizante poderá garantir medidas mais brandas de controle da doença.

Médico acredita que fim da pandemia está próximo e explica motivo

Hoje, Croda acredita que “estamos caminhando para o fim da pandemia”. Ele usou como exemplo a gripe, a dengue, doenças que já são bem conhecidas do brasileiro e acometem as pessoas em períodos sazonais epidêmicos. Ele disse que é possível que a Covid-19 passe do status de pandemia para endemia, com medidas menos radiciais. 

Por isso, seria possível retirar as máscaras, medida preventiva individual. Croda lembra que os avanços que ele projeta são em decorrência do aumento da imunidade coletiva da população muito mais pela vacinação do que pela infecção. O fim da pandemia aconteceria a partir de análises da letalidade da doença, ou seja, o quanto ela mata. A letalidade inicial da H1N1, por exemplo, era de 6%, mas hoje já é de 0,1%. 

PUBLICIDADE

O médico, esperançoso, declarou que esse cenário pode ocorrer ainda em 2022. Entretanto, será diferente para cada parte do país, pois há fatores essenciais a se considerar, como cobertura vacinal, letalidade e transmissão.