Caso Moïse: laudo do IML confirma causa do falecimento de jovem congolês; perito analisa

Moïse Mugenyi Kabagambe foi espancado até a morte em quiosque da Barra da Tijuca.

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Moïse Mugenyi Kabagambe, de 24 anos, tornou-se mais uma vítima da violência no Brasil. O jovem congolês que deixou seu país em 2014 para fugir da guerra e da fome chegou ao Brasil em busca de novas oportunidades. No dia 24 de janeiro, ele compareceu ao quiosque onde havia trabalhado por dias para receber.

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A cobrança de R$ 200 incomodou homens que estavam no local, Moïse foi atacado, espancado e morreu no mesmo dia. No dia seguinte, a família foi informada do falecimento e compareceu ao Instituto Médico Legal. Inicialmente, havia sido informado que os órgãos de Moïse foram retirados sem autorização da família. O advogado que acompanha a família nega que isso tenha acontecido.

A câmera de segurança do quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, registrou os momentos de horror. Moïse foi agredido com socos, chutes, pontapés e pauladas. O jovem teve as mãos amarradas. A cena chocante que culminou com a morte do rapaz está repercutindo nas redes sociais. Famosos se engajaram no pedido de justiça.

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Laudo do IML revela detalhes da morte de Moïse

Moïse Mugenyi Kabagambe apanhou por cerca de 15 minutos. Neste período, ele recebeu 30 pauladas. Laudo do IML afirma que ele morreu por contusão pulmonar e traumatismo do tórax. Os ferimentos foram causados por ação contundente. O perito Nelson Massini analisou o laudo a pedido do jornal Extra.

Massini, professor na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) afirmou que o rapaz sofreu hemorragia no pulmão. Segundo o perito profissional, a morte neste casos é lenta. Ele calcula que Moïse tenha agonizado por cerca de 10 minutos antes de falecer.