Caso Moïse: família denuncia que órgãos do jovem foram retirados sem autorização; advogado nega

Mãe e irmão foram ao IML 12 horas após a morte do jovem e órgãos haviam sido retirados.

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Moïse Kabamgabe, de 24 anos, foi morto em um quiosque do Posto 8, na Barra da Tijuca,  Rio de Janeiro. O crime aconteceu no dia 24 de janeiro e está repercutindo nas redes sociais desde o fim de semana. A agressão ao jovem foi filmada pela câmera de segurança do local.

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Os familiares de Moïse, incluindo a mãe e o irmão, só ficaram sabendo da morte do rapaz na manhã de terça-feira (25), cerca de 12 horas após a morte dele. No quiosque, o congolês foi espancado e amarrado. Quando a polícia chegou, ele já estava morto.

O corpo foi encaminhado ao IML e lá aconteceu algo que revoltou a família. Na hora do reconhecimento do corpo, os familiares teriam encontrado o corpo de Moïse sem os órgãos. A informação foi divulgada pela prima de Moïse, Faida Safi.

“Quando a notícia chegou até nós, fomos no IML na terça de manhã e a gente já encontrou ele sem órgão nenhum, sem autorização da mãe, nem autorização dele de ser doador de órgão. Onde estão os órgãos? Nós não sabemos. Em menos de 72h ele foi dado como indigente. Infelizmente, a gente vive aqui, mas estamos na insegurança”, diz a prima Faida Safi.

Advogado da família de Moïse Kabamgabe diz que órgãos do rapaz não foram retirados

O advogado Rodrigo Mondego, que representa a família de Moïse Kabamgabe, informou que não procede a informação de que o IML (Instituto Médico Legal) teria retirado os órgãos do rapaz. “Apuramos que a retirada de seus órgãos não procede, a falta de informação no IML levou a família a acreditar nisso. A CDH OAB/RJ seguirá no caso”, escreveu Mondego.

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Suspeito se entregou à polícia

Um homem gravou vídeo informando que havia participado das agressões a Moïse. O suspeito compareceu a 34ª DP de Bangu. De lá, foi encaminhado para a Delegacia de Homicídios, que investiga o caso. De acordo com as investigações, cinco homens participaram da sessão de espancamento ao jovem que chegou ao Brasil em 2014. Acompanhado da família, ele fugiu da guerra e da fome no Congo.  As investigações continuam e o caso está ganhando repercussão nacional.