Um atestado médico seria a causa de diversas agressões físicas sofridas por uma médica de Nova Gama, em Goiás, na última quinta-feira (27). A dermatologista Sabrina de Oliveira Lacerda, de 28 anos, atendia como clínica geral em um posto de saúde da cidade, quando um casal a agrediu, após ela pedir um exame para somente depois dar um atestado médico.
A médica estava de plantão, na unidade de saúde, quando ao atender uma paciente, que estava acompanhando o marido com sintomas de Covid, pediu que a mesma realizasse um teste rápido para confirmar se ela estava contaminada com o vírus.
De acordo com Paulo Henrique Lino, colega de profissão de Sabrina, a paciente queria um atestado, mas quando foi pedido o exame, ela se alterou muito. Sabrina teria pedido calma e dito que a atenderia normalmente, mas que precisava do resultado do teste. Nesse momento, a paciente teria começado a puxar o cabelo da profissional de saúde, jogando-a no chão e dando socos. Ainda segundo Paulo, o marido da paciente teria entrado na briga, e agredido a médica após a mesma cair no chão.
O marido de Sabrina, Gabriel Lacerda, que também se encontrava de plantão no posto de saúde, foi quem tentou separar a briga. O rapaz contou que a esposa teve que ser medicada e que sofreu traumatismo cranioencefálico leve, além de lesão na região temporal e ter ficado com dor muscular. Ele completou: “Ela continua com muita dor, muito abalada, tanto fisicamente quanto emocionalmente”.
Os envolvidos na confusão, e a vítima, foram encaminhados para uma delegacia da cidade, onde tiveram que assinar um TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência) por lesão corporal antes de serem liberados. A prefeitura do município compartilhou uma nota sobre a agressão sofrida pela profissional e disse que estão tomando as medidas cabíveis. Eles disseram que repudiam veementemente as agressões sofridas pelos colaboradores, que estão sempre empenhados em salvar vidas, e se solidarizaram com as equipes e famílias envolvidas na situação.