Advogada de réu da boate Kiss usa carta psicografada de vítima; réus foram condenados

Uso de trecho de livro com suposta carta psicografada de vítima causou polêmica.

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O julgamento dos réus da boate Kiss terminou nesta sexta-feira (10) com a condenação dos quatro denunciados. Durante o julgamento, um momento chamou a atenção na quinta-feira. A advogada Juliana Borsa, representante do músico Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista da banda Gurizada Fandangueira, usou carta psicografada de uma das vítimas.

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No trecho, a vítima do incêndio Guilherme Gonçalves dizia que era melhor orar por quem morreu do que procurar culpados. O trecho utilizado pela advogada faz parte de um livro que familiares das vítimas encomendaram a médiuns.

Familiares das pessoas mortas na boate Kiss ficaram revoltados com o uso da suposta psicografia. Na sexta, a advogada pediu desculpas por reproduzido o trecho do livro. O uso da psicografia não impressionou os jurados. Os quatro réus foram condenados.

Condenação dos réus da Kiss

Incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande Sul, matou 242 pessoas em 2013. Quase nove anos depois, os sócios da boate Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann, o vocalista da banda Marcelo de Jesus, e o auxiliar da banda Luciano Bonilha foram condenados.

Spohr pegou a pena mais alta: 22 anos e seis meses. Hoffmann foi condenado a 19 anos e seis meses. Marcelo de Jesus pegou 18 anos. Mesma pena de Bonilha. Os quatro foram condenados por homicídio simples com dolo eventual.

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Como havia um habeas corpus preventivo que impedia a prisão de um deles, os quatro foram beneficiados e deixaram o fórum direto para casa. Eles não foram presos. A defesa e o Ministério Público podem recorrer das sentenças.