Criado durante a pandemia com o intuito de ajudar os mais pobres a lidarem com as complicações causadas pela crise sanitária na economia do país, o auxílio emergencial pagou valores entre R$ 300 e R$ 600 no ano de 2020 e teve o valor reduzido em 2021.
De acordo com informações do portal R7, o Tribunal de Contas da União (TCU) apontou que entre os beneficiários que receberam o auxílio, 350 mil estavam com cadastros irregulares somente em 2021. Dentre estes cadastros, 74,5 mil eram de pessoas já falecidas.
Para chegar ao dado, o TCU cruzou informações dos beneficiários para identificar possíveis anormalidade nas informações dos titulares. O valor total pago aos 350 mil cadastros irregulares totaliza R$ 100 milhões para quem não teria direito a receber o valor.
O sistema do auxílio emergencial aprovou a inscrição de 127 mil cadastros de pessoas com o CPF inválido. Em julho, 76% das irregularidades eram referentes a problemas com o CPF dos inscritos.
Porém, o TCU pondera que os erros nos pagamentos é menor que 1%. O órgão revelou que o público alvo do benefício em 2021 era de 39 milhões de pessoas, totalizando o valor de R$ 35 bilhões. Sendo assim, somente 0,31% dos cadastros apresentavam irregularidades.
Por fim, o Tribunal afirma existir uma aparente fragilidade de controles internos, pois a administração pública possui os gatilhos para analisar indícios de óbito e CPFs irregulares. Sendo assim, o número de pessoas que receberam o auxílio com dados irregulares deveria ser próximo de zero.