Oscar Miguel Pain, de 68 anos, havia feito uma cirurgia e sofreu hemorragia intestinal. Depois de receber alta, o idoso foi para casa, em Ponte Serrada, Santa Catarina, mas passou a apresentar dores e febre. Logo depois, foi diagnosticado com a Covid-19.
O homem foi internado no dia 28 de outubro. Três dias depois, sua esposa, Elza Parmigiani Pain, também foi internada com a doença causada pelo coronavírus. No dia 8 de novembro, Elza precisou ser intubada na unidade de terapia intensiva (UTI).
Oscar morreu dias depois. Elza não soube da morte do companheiro de 44 anos. Na quarta-feira (1º), a idosa também faleceu em decorrência das complicações causadas pela Covid-19 e deixou a família em luto, com as duas mortes em um período de apenas 22 dias. Sarita Pain, uma das três filhas do casal, desabafou.
A mulher afirmou que a dor nunca será superada e aceita. “É um sentimento de ódio e de revolta”, disse. Em seguida, ela explicou. Segundo Sarita, os pais se cuidavam e tinham tomado as duas doses da vacina contra a Covid-19. Elza só saía de casa para ir ao médico. A filha diz que dói ver o quanto os pais lutaram pela vida.
Mortes após tomar as duas doses de vacina
Com a morte do casal, muita gente se questiona sobre a efetividade da vacina. A microbiologista Natália Pasternak compara às vacinas a um bom goleiro. O fato de ele ser bom e evitar muitos gols dos times adversários não significa que ele nunca tome gol. E mesmo se tomar, costuma dizer Natalia, ela não deixa de ser um bom goleiro.