Em meio a tanto conteúdo que promove atitudes antirracistas, com diversos recursos para aprender como agir e como atuar em nome dessa importante luta, uma professora de Minas Gerais vai pelo caminho contrário em trabalho com seus alunos.
Uma professora solicitou que seus alunos usassem palha de aço para representar os cabelos de uma pessoa negra. O caso aconteceu em uma unidade de ensino que fica em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais. A docente pediu desculpas dizendo que não queria ofender a ninguém.
A profissional concedeu uma entrevista para a TV Globo e na oportunidade disse que antes de aplicar tal atividade, ela compartilhou um texto com as famílias dos alunos sobre instituições empresariais que pedem que seus empregados alisem os seus cabelos. A docente disse que quis provocar essa reflexão nas famílias.
A repercussão do caso foi tamanha que a escola, administrada pela Apae, demitiu a professora que atua como docente há mais de 20 anos. Inicialmente, ela falou sobre o referido texto de empresas que pedem para alisar o cabelo e pediu para que os alunos apresentassem texturas em cabelos além do liso.
“Pedi que a mãe refletisse e, em cima disso, eu ia trabalhar uma textura usando o bombril. A minha intenção foi para quebrar o preconceito. Eu não quis ofender ninguém”, falou a profissional de ensino.
Em seguida a professora disse que pediu perdão humildemente para todos que ela ofendeu e que poderia pedir desculpas um por um para quem não gostou de sua atitude. A Secretaria Municipal de Educação se colocou à disposição para quem precisar de orientação e capacitação.