Brasileiros descobrem ‘jeitinho’ para pagarem R$ 3,10 no litro da gasolina aditivada e ‘driblam’ a crise

Filas de automóveis com placas do Brasil se formam em cidade fronteiriça com a Argentina, onde o preço do combustível é muito inferior.

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Os brasileiros têm adotado estratégias para driblar a alta do preço dos combustíveis. Em Porto Iguaçu, na fronteira com Foz do Iguaçu (Paraná) entre Brasil e Argentina, os moradores locais estão indo ao país vizinho para o abastecimento de seus automóveis. A saída é vantajosa para o bolso do consumidor, uma vez que o litro da gasolina aditivada está sendo vendido a cerca de R$ 3,10, atraindo centenas de brasileiros.

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Para efeitos de comparação, dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) indicam que em Foz do Iguaçu, ou seja, do lado brasileiro, o preço do litro está sendo comercializado na média de R$ 6,14, o que representa quase o dobro do valor registrado nas bombas dos postos do lado argentino.

A procura em Porto Iguaçu é tamanha que os postos correm o risco de desabastecimento. Por isso, as autoridades argentinas separam as filas de acordo com a nacionalidade dos condutores, a fim de privilegiar os nacionais argentinos.

O grande atrativo para os brasileiros que abastecem em Porto Iguaçu é a possibilidade de usar o real como moeda para a aquisição do combustível. Com a demanda em alta, até mesmo os proprietários dos postos deixam as funções administrativas para ajudarem nas bombas, tendo em vista o grande fluxo de automóveis.

Do lado brasileiro da fronteira, em 2021, a Petrobras já registrou 15 reajustes no preço do combustível, sendo somente quatro vezes para baixo. No último dia 26 de outubro, a variação chegou a 74%, levando o litro da gasolina a mais de R$ 7,00 em diversos lugares do país.

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