‘Uma cegueira assassina’, jornal francês classifica negacionismo de Bolsonaro frente a pandemia

Jornal destacou em sua edição o posicionamento do presidente do Brasil durante a pandemia de Covid-19.

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Um dos jornais franceses mais bem conceituados no mundo, o ‘La Croix’, destacou, nesta segunda-feira (18), a administração e o posicionamento negacionista do presidente Jair Bolsonaro diante da pandemia que vitimou mais de 600 mil brasileiros.

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Em sua capa, os jornalistas franceses colocaram uma imagem de dois coveiros trabalhando em um cemitério brasileiro. No conteúdo, o jornal destacou os milhares de brasileiros que morreram com a esperança de poder se vacinar, e o posicionamento contrário a fatalidade da Covid-19 e a preocupação do mesmo em fomentar movimentos antidemocráticos.

‘Uma Cegueira Assassina’ disse La Croix sobre falta de compaixão de presidente com o povo brasileiro

No ponto de vista dos jornalistas franceses, Jair Bolsonaro simplesmente deixou de lado a grande catástrofe sanitária vivida pelo povo brasileiro. Como uma ‘Cegueira Assassina’, Bolsonaro fazia discursos antidemocráticos e caminhava livre pelas ruas sem máscara, demonstrando sua displicência com a dor e o sofrimento da população.

O periódico francês também levantou as questões que serão levantadas pela CPI da Covid. Nesse contexto, os franceses salientaram que a ausência de lockdown em grande escala nos estados brasileiros, a responsabilidade pelo colapso do sistema de saúde e a suposta corrução de políticos e governantes na compra de vacinas superfaturadas.

Franceses também citaram parcerias políticas de governo com políticos do ‘Centrão’

Os acordos firmados em troca de cargos com políticos de reputação suspeita também foi citada pelo jornal francês. Na ótica do La Croix, o Brasil ainda sofre com grande índice de desemprego, superinflação e risco de desabastecimento de energia. 

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Em contrapartida, o jornal não citou o direito de resposta do governo brasileiro e apenas encerrou a matéria afirmando que o relatório final da CPI poderá julgar o presidente brasileiro por crimes contra a humanidade.