Menino pede como presente de aniversário ser vacinado contra Covid-19; ele perdeu o pai para a doença

Tudo o que o menino queria em seu aniversário era se proteger para não ter o mesmo fim que seu pai, que era policial.

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A atual pandemia do coronavírus tem deixado milhões de órfãos em todo o mundo. De acordo com o levantamento realizado diariamente pela Universidade Johns Hopkins, que monitora os casos de Covid-19 no mundo, bem como o índice de infecção, cura e vacinação, mais de 4,7 milhões de pessoas perderam suas vidas por causa desta doença.

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Gavin Roberts é uma dessas pessoas que perderam um ente querido por causa do vírus. Charles “Rob” Roberts, pai de Gavin, era policial em Nova Jersey e em abril de 2020, logo no começo da pandemia, começou a apresentar sintomas da doença.

Certo dia, ele caiu no chão de casa diante de todos e não mais levantou. Seus colegas de trabalho o levaram para um hospital e pouco tempo depois ele morreu, vítima de complicações da Covid.

O menino ficou muito abalado e traumatizado e sonhava com uma vacina que evitasse que ele e outros entes queridos tivessem o mesmo fim que Rob. Nos Estados Unidos, a vacinação é dada para adolescentes a partir de doze anos. Como ele é o filho caçula de Rob e Alice Roberts, teve de ver a mãe e as irmãs se vacinarem, enquanto ele esperava completar 12 anos para ter direito a vacina.

A data de seu aniversário se aproximava, mas Gavin não teve interesse em uma festa ou em presentes caros. Ele escolheu como presente ser levado para tomar a primeira dose da vacina contra Covid-19.

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Gavin e Alice foram entrevistados pelo The Washington Post. Ela declarou que não deixava o filho sair de casa durante toda a pandemia, por medo dele se infectar. O menino não reclamava por não ver os amigos, pois também queria se proteger e via a proteção da mãe como válida.

Na entrevista, Alice ainda disse que a morte do marido os afetou de maneira tão intensa que ela precisou pedir licença de seu trabalho como professora para cuidar dos filhos e se recuperar do ocorrido. Com as escolas fechadas a maior parte da pandemia, foi mais fácil conseguir sua licença.

O menino não quis esperar até a semana seguinte para se vacinar próximo de casa. Quis ir no dia do aniversário em uma farmácia distante, apenas para ter seu desejo realizado. Gavin entrou na farmácia usando máscara e segurando uma cruz que ficou com o pai durante o período em que ficou internado.

A mãe ficou orgulhosa pelo filho, mesmo tão jovem, ter mais consciência sobre a importância de se proteger contra o vírus do que muitos adultos que seguem a vida normalmente como se a pandemia não existisse.