Mulher que matou grávida teve ajuda de pastor para se converter antes da morte na prisão

Lisa Montgomery tornou-se outra pessoa após a conversão, segundo pastor que a acompanhou.

PUBLICIDADE

Lisa Marie Montgomery foi condenada à morte depois de matar uma mulher grávida nos Estados unidos. A gestação de oito meses foi interrompida com a morte por estrangulamento. Lisa usou uma faca para cortar o abdômen da vítima e retirar o bebê.

PUBLICIDADE

O crime chocou a opinião pública norte-americana e Lisa acabou condenada à morte. Em janeiro, ela foi executada pelo estado. O que poucos sabiam é que Lisa se converteu ao cristianismo antes de morrer. Ela foi acompanhada de perto por um pastor.

John Francisco conhecia Lisa desde a infância da garota. Quando tinha 16 anos, na década de 1970, John fazia campanhas evangelísticas. Lisa, então com 7 anos, e a irmã dela, Patty, de 6, eram levadas por John no ônibus que passava pelos bairros e levava pessoas à Assembleia de Deus Central de Tulsa, em Oklahoma.

O trabalho missionário foi realizado por alguns anos, mas depois John seguiu sua vida fazendo outras coisas. Ele se casou, teve filhos e tornou-se pastor e missionário. John se afastou de Lisa e Patty, mas contou que seguia orando por elas. Em 2004, ficou sabendo que Lisa cometeu o crime chocante.

Cartas e reecontro

John Francisco conversou com a advogada de Lisa. Ele queria visitá-la. Como estava no corredor da morte, as chances de isso acontecer não eram muito grandes, mas o pastor manteve a fé. John e Lisa trocaram cartas. Foram anos de correspondência. O objetivo do pastor era redimir a alma de Lisa.

PUBLICIDADE

Na prisão, a mulher passou a ler a Bíblia e livros cristãos e ouvir louvor no aparelho MP3 player. Lisa passou a evangelizar outras detentas e produzia cobertores, luvas e sapatinhos para doar aos necessitados. Em agosto de 2014, John Francisco a visitou pessoalmente.

De início, a conversa foi difícil, mas depois fluiu. Lisa confidenciou que os anos na igreja na infância foram os melhores de sua vida. A presidiária também contou ao pastor que foi abusada pelo padrasto quando era criança. Em janeiro deste ano, Lisa foi executada.

John Francisco foi autorizado a acompanhá-la na câmara de execução. Em cima da hora, porém, a autorização foi cancelada. O pastor disse em entrevista à AGNews que não queria testemunhar aquele momento.

“Eu sabia que o destino final de Lisa não era a câmara de execução. Seu lar para sempre seria o céu. Ela iria encontrar seu Salvador face a face em alguns instantes”, contou o pastor, afirmando que aquele seria o novo começo que Lisa tanto esperava.

John Francisco passou a amar Lisa como uma filha, ficou feliz com a conversão dela e com a mudança percebida por todos. A família de Lisa voltou a amá-la.