Dossiê entregue à CPI diz que declaração de óbito da mãe de Luciano Hang foi fraudada

Dossiê mostra que declaração de óbito de Regina Hang foi fraudada pelo hospital da empresa Prevent Sênior

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A operadora de saúda Prevent Sênior e o empresário Luciano Hang estão sob investigação da CPI da Covid. Quinze médicos que alegaram trabalhar para a empresa de saúde apresentaram um documento à CPI em que afirmam que a declaração de óbito de Regina Hang foi fraudada. Regina é mãe do empresário Luciano Hang, muito conhecido por ser dono da rede de lojas Havan e apoiador do presidente Jair Bolsonaro.

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De acordo com os médicos que elaboraram o documento, a morte de Regina foi uma das várias que não foram noticiadas com os verdadeiros motivos que levaram a pessoa ao óbito. 

Em fevereiro de 2021, Luciano publicou um vídeo em suas redes sociais em que afirmou que sua mãe estava com Covid-19. De acordo com o empresário, a mulher estava assintomática, contudo, 95% de seus pulmões já comprometidos. 

O documento entregue aos parlamentares traz que Regina foi internada no dia 31 de dezembro no Hospital Sancta Maggiore. O hospital pertence à Prevent Sênior. Ainda de acordo com o documento, Regina começou a demonstrar sintomas no dia 23 de dezembro, entretanto, antes de ser internada, realizou o chamado “tratamento precoce” com hidroxicloroquina, azitromicina e colchicina.

O fato de Regina ter sido internada em um hospital da Prevent Sênior chamou a atenção do senador Omar Aziz (PSD), presidente da CPI da Covid. De acordo com o senador, Luciano possuía renda suficiente para dar qualquer tratamento a sua mãe, mas preferiu leva-la ao hospital mencionado acima. 

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Regina faleceu no dia 3 de fevereiro, contudo, em sua declaração de óbito não constou que a causa de sua morte foi a Covid-19, fato que levou os médicos a criarem o dossiê alegando fraude. Luciano alega que sua mãe já possuía uma saúde frágil e que em nenhum momento ofereceu o tratamento precoce a ela.