Necrólise epidérmica tóxica: detalhes da doença que ‘queimou’ 72% do corpo de bebê em GO

Menina de 1 ano tomou remédio anticonvulsionante e teve reação severa.

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A história da bebê Helena Cristina, de apenas 1 ano, comoveu muita gente. Após tomar um remédio anticonvulsionante – a bebê tem convulsões desde os cinco meses de vida -, apresentou reação severa e precisou ser internada em estado grave em hospital de Goiânia, capital de Goiás. Não há previsão de alta para Helena Cristina, que mora em Anápolis, 55 quilômetros da capital do estado.

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Ela deu entrada no hospital com cerca de 72% do corpo queimado. A reação ao medicamento foi diagnosticada pelos médicos e chama-se necrólise epidérmica tóxica. A reação alérgica é grave e rara. A ‘NET’ também é conhecida como síndromes de Steven-Johnson ou de Lyell.

Fabiano Arruda, cirurgião plástico e supervisor da unidade de queimados do Hugol (Hospital de Urgências Governador Otávio Lages de Siqueira), falou sobre o caso em entrevista à TV Anhaguera. Segundo ele, o que aconteceu foi uma reação autoimune, quando o corpo produz anticorpos que acabam atacando o próprio corpo.

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“Os anticorpos reagem ‘jogando’ a pele para fora. (…) Ela se solta de forma extensa, geralmente de mais de 60% do corpo”, explicou o profissional que trabalha no Hospital de Urgências Governador Otávio Lages, onde Helena Cristina está internada.

Ainda de acordo com o médico, a exemplo do que acontece em uma queimadura, a pele se solta e isso abre caminho para desenvolvimento de infecções e causa desidratação. Segundo Arruda, o tratamento adequado é fundamental. O cirurgião-plástico também falou que essa reação alérgica é como se fosse uma queimadura superficial. A tendência é de boa evolução.