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O caso do menino Miguel Otávio, de cinco anos de idade, causou comoção em todo o país em 2020. A criança caiu de um prédio de luxo que fica em Recife. Ele foi colocada dentro do elevador pela ex-patroa de sua mãe, que acionou o nono andar, e depois o menino caiu de um vão do ar-condicionado.
Mirtes Renata de Souza, mãe de Miguel, acompanhou o depoimento de Sarí Corte Real, sua ex-patroa e que estava como a responsável pelo menino no dia em que ele morreu. Nesta quarta-feira (15) aconteceu a audiência de instrução na Justiça. A mulher concedeu uma entrevista e disse que foi destratada pela ex-patroa durante o depoimento.
Mirtes contou que a fala de Sarí foi muito bem articulada e bastante ensaiada, inclusive o “show” que ela deu no final, chorando e falando que estava sofrendo ameaças. Essa foi a afirmação da mãe de Miguel durante uma entrevista coletiva.
Além desse apontamento de Mirtes, ela conta que a Sarí, que começou a depor por volta das 10h30, chamou ela e a mãe de ingratas durante o julgamento.
“Ela disse que me amava, que amava minha mãe, isso e aquilo outro. E que eu e minha mãe estamos sendo ingratas. Eu estou sendo ingrata? Ela cometeu um crime. É dessa forma que ela ama a mim e minha mãe, abandonando meu filho, a ponto do meu filho morrer?”, questionou a mãe do garoto Miguel, visivelmente indignada.
Mirtes disse que a mulher lhe trazia alguns presentes quando viajava, assim como trazia para o seu filho e sua mãe. Mas ela fica indignada por pensar que tem que se calar e se sentir grata apenas por conta desses mimos, após cometer o crime que terminou com a morte de seu filho.