Grávida com doença rara usa mais de 500 bolsas de sangue durante parto; desfecho emociona

Mulher sofre de PTT e precisou de 531 bolsas de sangue durante a cesariana.

PUBLICIDADE

Thaís Cristina Sousa, de 35 anos, percebeu manchas roxas nas pernas quando estava com sete meses de gestação e na expectativa para dar à luz Saulo Gabriel. Era o segundo bebê que ela gerava. A primeira gravidez, em 2019, foi ectópica – o óvulo foi fertilizado fora do útero.

PUBLICIDADE

Dessa vez tudo parecia bem, mas as manchas roxas ligaram um alerta em Thaís. Em 2016, ela havia sido diagnosticada com Síndrome Púrpura Trombocitopênica Trombótica (PTT). Assim que viu a mancha, ela reconheceu como sintoma da doença e procurou um médico. Foi encaminhada à obstetrícia da Santa Casa de Belém, no Pará.

A mulher de 35 anos precisou fazer uma cesariana de emergência após crise de PTT. Esta doença hematológica é considerada rara. Durante o parto de Saulo Gabriel foram necessárias 531 bolsas de sangue. O menino hoje está com dois meses. Após o nascimento, o bebê foi encaminhado ao setor semi-intensivo da Santa Casa. A mãe foi para a unidade de terapia intensiva.

O estado de saúde era gravíssimo. Foram 30 dias na UTI. Mais 15 esperando para receber alta. No total, Thaís ficou 45 dias internada após o parto. O médico hematologista Daniel Lima, da Santa Casa e do Hemopa, afirmou que o quadro de Thaís era grave e que havia risco morte para a gestante.

Doação de sangue

Thaís lutou bravamente pela vida. Durante o período de crise da PTT, ela apresentou quadro de hipertensão e infecção. Além disso, precisou passar por uma cirurgia devido à hemorragia interna. A gestante recebeu quatro doses de um remédio que pode custar R$ 12 mil cada dose.

PUBLICIDADE

As 531 bolsas supera o número de doações mensais da Santa Casa. Para isso, foi feito uma campanha e muitos doadores apareceram. Thaís. “Tivemos muita ajuda para vencer. Obrigada, Deus. Obrigada a quem doa sangue”, comemora Thaís.