Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foram às ruas no feriado do dia 7 de Setembro para se manifestar. Entre as pautas estavam o apoio ao voto auditável e críticas contundentes ao Supremo Tribunal Federal (STF). Os ministros Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes foram atacados.
O segundo foi citado nominalmente pelo presidente Bolsonaro em discurso na Avenida Paulista, em São Paulo. Dias depois do ato, Bolsonaro escreveu carta de Declaração à Nação em que afirmou que respeita os outros poderes. Para bolsonaristas mais fanáticos, o chefe do Executivo estava arregando diante dos outros poderes.
Após ter resolvido este problema, Bolsonaro pode ter outro mais à frente. Luís Felipe Salomão, corregedor-geral da Justiça Eleitoral, abriu investigação sobre os atos realizados no Dia da Independência. O primeiro objetivo é saber se houve financiamento às manifestações.
Caso tenha havido, a segunda resposta que Salomão pretende ter é quem financiou. Além disso, a apuração tem o objetivo de esclarecer se houve propaganda eleitoral antecipada por parte de Bolsonaro. O presidente participou dos atos em Brasília e em São Paulo. Bolsonaro vai disputar a reeleição em 2022.
A decisão de investigação por parte do TSE surge no momento em que Bolsonaro tenta apaziguar os ânimos com outras instituições, após críticas pesadas a Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, e a Alexandre de Moraes. Até o fechamento desta reportagem, Bolsonaro não havia se manifestado sobre as investigações.