Funcionária que era obrigada a orar no trabalho processa empresa e ganha R$ 9 mil de indenização

Mulher era obrigada a rezar e se vestir de palhaça em rede de supermercados.

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Uma mulher ganhou na justiça um processo contra um supermercado. Na última quarta-feira (1) o estabelecimento comercial foi condenado pela justiça a pagar uma indenização de R$ 9 mil para uma ex-funcionária do local.

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O gerente da unidade obrigava a mulher a participar de uma oração antes de começarem o trabalho, bem como a obrigava a se fantasiar de palhaça e de caipira em datas comemorativas. A Sexta Turma do Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais deu essa decisão através de unanimidade.

Durante todo o processo, a ex-funcionária alegou que foi demitida da empresa mediante justa causa. Isso aconteceu depois do gerente dar uma advertência a ela por não comparecer mais nos rituais religiosos. Além disso, o funcionário começou a persegui-la até que acontecesse a dispensa.

Durante o depoimento, um representante do estabelecimento comercial confirmou ser realizada uma oração antes da jornada do trabalho e quem dirige esse evento é o gerente da unidade. Ele também confirmou que os funcionários são obrigados a comparecerem fantasiados em épocas comemorativas para deixar o ambiente com maior descontração.

Outra testemunha do caso contou ser obrigatória a participação na oração, caso contrário o funcionário recebia uma advertência verbal. Essa testemunha disse que os funcionários não tinham obrigação de usar fantasias, mas eram constrangidos a participar do momento.

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A funcionária teve um parecer favorável a ela recebeu o valor supramencionado por danos morais. Depois dessa constatação, o MPT recebeu um ofício para eventuais apurações e providências no estabelecimento comercial.