Loja de rações exige foto do cliente com o cavalo para vender ivermectina: ‘Não é para humanos tomarem’

De acordo com o gerente do estabelecimento, a procura pela substância cresceu de maneira assustadora com o início da pandemia.

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Desde o início da pandemia de Covid-19, vários discursos negacionistas insinuam tratamentos alternativos para casos de infecção pelo coronavírus. Ocorre que nenhum deles possui eficácia cientificamente comprovada, além de trazem riscos para os seres humanos por serem fármacos com finalidades distintas.

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Neste contexto, enquadra-se a ivermectina. Em Las Vegas (Estados Unidos), uma loja de produtos para pets precisou tomar uma medida drástica. Sobre uma das prateleiras do estabelecimento foi pendurado um bilhete, deixando claro aos clientes que o vermífugo seria vendido apenas para donos de cavalo, e, para tanto, seria necessário que o dono apresentasse uma foto ao lado do animal.

Em entrevista ao portal Local 12, o gerente da loja afirma que, desde o início da pandemia, a procura pelo vermífugo cresceu de maneira assustadora, com pelo menos cinco telefonemas diários em busca da substância.

“Um senhor mais velho entrou na loja e me disse que sua esposa queria que ele fizesse o tratamento com ivermectina”, relata Shelly Smith. O cliente, então, relatou que o “único” efeito colateral até o momento era o fato de não conseguir “enxergar de manhã”. “Esse é um grande efeito colateral, então você provavelmente não deveria tomá-lo’, disse o gerente ao cliente.

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Os proprietários da loja, então, esclarecem que não pretendem vender ivermectina a clientes que queiram consumi-lo, uma vez que a substância é utilizada para o tratamento de parasitas em cavalos, e, por óbvio, não aparenta ser muito segura a seres humanos, especialmente diante da carência de estudos científicos comprovando alguma eficácia.