Justiça determina quebra de sigilo fiscal e bancário de Carlos Bolsonaro para apurar possível crime na Câmara do Rio

Pela primeira vez, Carlos Bolsonaro é alvo na investigação que apura irregularidades em gabinetes de vereadores do RJ.

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Foi determinado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) a quebra dos sigilos bancário e fiscal do filho do presidente da República, o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro, em meio ao inquérito investigativo que apura supostas contratações de funcionários fantasmas no quadro de servidores do gabinete do parlamentar.

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Está é a primeira vez, desde que as investigações foram iniciadas, há dois anos, que o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) levanta a hipótese de um esquema da chamada rachadinha no gabinete de Carlos Bolsonaro.

A decisão do TJ se deu após pedido feito pelo MPRJ e teve sua primeira instância definida em 24 de maio, pela 1ª Vara Especializada de Combate ao Crime Organizado da Justiça Fluminense.

Carlos Bolsonaro foi eleito vereador pelo Rio de Janeiro pela primeira vez no ano de 2001 e desde então tem saído vitorioso dos pleitos que concorreu, estando em seu sexto mandato consecutivo. De lá para cá, dezenas de pessoas já passaram por seu gabinete através de nomeação.

De acordo com o regulamento que rege os trabalhos na Câmara do Rio, todos os assessores nomeados para desempenhar funções nos gabinetes devem cumprir 40 horas semanais como jornada de trabalho, porém, o MPRJ afirma que há indícios de que diversos assessores estariam como fantasmas, ou seja, não estariam cumprindo com a jornada de trabalho exigida.

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A quebra dos sigilos de Carlos, solicitada pelo MPRJ, pretende fornecer informações acerca da possibilidade de que o vereador tenha se utilizado dos funcionários fantasmas para desviar salários.