Surto de bactéria multirresistente atinge bebês prematuros em hospital do DF e mães entram em desespero

Segundo denúncia dos profissionais de saúde do local, ao menos oito bebês já estariam infectados.

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Foi detectado um surto de Acinetobacter baumannii, uma bactéria multirresistente, na unidade de terapia intensiva (UTI) neonatal do Hospital Regional de Ceilândia (HRC), no Distrito Federal. De acordo com um documento redigido por profissionais de saúde da unidade, onde é feita a denúncia acerca do problema, bebês prematuros foram infectados.

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Ainda de acordo com a denúncia, a situação vivida pelo hospital é gravíssima, mas mesmo com a recomendação de que a unidade pare de receber novos pacientes até que o surto seja contido, novas admissões continuam a ser realizadas.

O documento, contendo o cabeçalho comumente utilizado pelo Governo do Distrito Federal, foi direcionado à Superintendência da Região de Saúde Oeste, à Gerência Interna de Regulação, à direção, direção administrativa e Gerência de Enfermagem do hospital onde ocorre o surto, ao Núcleo de Qualidade e Segurança do Paciente e à área de infectologia.

A unidade de cuidados intermediários neonatais também sofre com a proliferação da bactéria. De acordo com profissionais que trabalham no local, até a última terça-feira (24), ao menos oito bebês recém-nascidos teriam sido infectados.

Segundo relatado pelos profissionais atuantes no hospital, a situação se complica ainda mais com os desfalques nas escalas de plantão, o que dificulta que se faça o isolamento dos leitos dos bebês prematuros infectados e os não-infectados de forma satisfatória.

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As mães dos recém-nascidos que seguem internados na unidade estão desesperadas. Nos corredores do hospital o clima é de aflição e impotência dos funcionários diante da situação.

Em nota, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal afirmou que os bebês estão colonizados pela bactéria, porém, não infectados. Além disso, a pasta acrescentou reconhecer apenas quatro casos de tal colonização até o momento.

Sobre a denúncia de déficit de funcionários, a secretaria negou que o HRC passe por tal problema.