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Tatiane Areco, de 36 anos, trabalha como confeiteira na cidade de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul. Em meio à morte do pai por Covid-19, Tatiane também corria para resolver questões burocráticas da internação da avó, que teve de ser intubada por causada mesma doença.
O pai morreu no dia 29 de junho. A avó não resistiu e faleceu no dia 9 de julho. Nesse meio tempo, ela recebeu mensagem de uma cliente que queria encomendar um bolo do Homem-Aranha para o aniversário de uma criança. Tatiane combinou com a cliente que conhecia de longa data, mas devido aos problemas familiares se esqueceu completamente.
A cliente apareceu em sua porta no dia combinado e ficou nervosa ao saber que o bolo não estava pronto. A confeiteira olhou as mensagens no celular, viu tudo o que tinha combinado e só pediu mais um tempo para a cliente, que não gostou do que ouviu.
“Ela ficou muito nervosa nessa hora, muito brava mesmo, dizendo que também perdeu pessoas para a doença, só que não deixou de cumprir os compromissos dela”, contou Tatiane ao G1. A cliente disse que a festa estava pronta e que só faltava o bolo. Tatiane pediu desculpas e quando entrou em casa disse ao esposo que faria o bolo.
Corrente de ajuda
Tatiane entrou em contato com outras confeiteiras e foi surpreendida pela ajuda que recebeu. Ninguém tinha massa de bolo pronta, mas uma se dispôs a fazer o processo de montagem do bolo. Outra deixou de lado tudo o que estava fazendo e ajudou Tatiane com o topo de bolo, que ficou pronto naquele mesmo dia.
Tatiane levou para a cliente e disse que a mulher parecia outra pessoa e que pagou o bolo e a entrega. A confeiteira contou que foi tratada com respeito, mas disse que esperava mais compreensão. No final da história, deu tudo certo graças a solidariedade de outras pessoas com Tatiane.