Caso Covaxin: PGR pede ao Supremo que investigue Jair Bolsonaro por prevaricação

Presidente Jair Bolsonaro pode ser investigado por ter prevaricado ao saber das supostas irregularidades na compra do imunizante.

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O presidente Jair Bolsonaro deve ser alvo de investigação no Supremo Tribunal Federal (STF). O pedido partiu da PGR, nesta sexta-feira (2). O objetivo é saber se Bolsonaro prevaricou ao receber denúncia de que havia irregularidade na compra da vacina Covaxin.

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Ontem, a ministro Rosa Weber, do Supremo, cobrou que a PGR se manifestasse sobre notícia-crime enviada por senadores contra o presidente da República. A PGR havia respondido o pedido da ministra pedindo que fosse aguardado a conclusão da CPI.

Rosa Weber, então, informou que não era necessário esperar a CPI ser encerrada. Ainda não há prazo para isso acontecer. O pedido da PGR é assinado por Humberto Jacques de Medeiros, vice-procurador-geral. Os irmãos Miranda e Bolsonaro devem ser ouvidos. 

Denúncias dos irmãos Miranda

O deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) diz ter contado a Bolsonaro, no dia 20 de março, sobre as irregularidades na compra da vacina. Nos dias que se seguiram Bolsonaro tomou duas ações: contou ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, sobre a denúncia e exonerou o líder da pasta da saúde.

Apesar da saída, Pazuello e Bolsonaro seguiram amigos normalmente, inclusive, com o ex-ministro participando de atos de apoio a presidente da República. Luís Miranda e seu irmão, Luis Ricardo Miranda, servidor público, prestaram depoimento à CPI que está investigando ações e omissões do governo federal durante a pandemia iniciada em março do ano passado. Prevaricação é crime e pode fortalecer os pedidos de impeachment contra Bolsonaro.

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