Pai de Henry desabafa após Jairinho receber punição: ‘Vivo um filme de terror’

Jairinho é tido como principal suspeito no caso de morte do enteado, Henry Borel de Almeida.

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Nesta segunda-feira (28), o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro votou por unanimidade pela cassação do mandato de Jairo Souza Santos, o Dr. Jairinho, por conta do envolvimento dele no caso de morte do menino Henry Borel, de 4 anos, ocorrido em março deste ano. 

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Após essa decisão, o plenário da Câmara votará nesta quarta-feira (30) a cassação do mandato de vereador, fato inédito na Casa do Rio de Janeiro. Para Jairinho perder o cargo, são necessários 34 votos dos 51 parlamentares votantes. Logo quando o suposto envolvimento dele na morte do enteado se tornou público, o partido dele, o Solidariedade, anunciou a sua suspensão. 

Pai desabafa

Logo após a votação inicial, o pai de Henry, o engenheiro Leniel Borel concedeu entrevista ao portal Metrópoles e desabafou sobre o assunto.

“Amém. Descobrimos que o vereador era um psicopata. Espero que seja cassado. Vivo um filme de terror com a morte do meu filho. Mas sei que ele está no céu e um dia vamos nos encontrar”, disse Leniel Borel.

Recentemente, a Justiça sinalizou positivamente ao pedido de Leniel para que ele seja assistente no processo de acusação sobre a morte do menino Henry. 

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Além do “Caso Henry”, Dr. Jairinho ainda responde pela tortura de três crianças, de ex-mulheres, em duas os inquéritos já foram concluídos. As denúncias vieram à tona após a morte do menino Henry. 

Prisão preventiva

Jairinho e Monique seguem cumprindo prisão preventiva em presídios distintos do Rio de Janeiro. Os dois foram denunciados pelo Ministério Público do Rio de Janeiros pelos crimes de tortura e homicídio duplamente qualificado. 

Em um primeiro momento, eles foram presos de forma temporária, por atrapalhar as investigações do caso, como coagir testemunhas em depoimentos. Antes do término do prazo da punição inicial, a Polícia Civil solicitou a conversão da prisão em preventiva, quando não há a possibilidade de soltura. 

O parlamentar está no Bangu 8, enquanto a mãe de Henry, a professora Monique Medeiros, se encontra detida em isolamento no Instituto Penal Ismael Sirieiro.