Grávida é a primeira vítima fatal da variante delta da Covid-19 no Brasil; cepa é mais veloz na transmissão

Caso foi registrado em abril e só confirmado nesta semana pela Secretaria de Saúde do Paraná.

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Uma mulher de 42 anos, que estava grávida foi a primeira vítima fatal confirmada da cepa Delta da Covid-19, originária da Índia. O caso foi confirmado pela Secretaria de Saúde do Paraná nesta semana, com o óbito da paciente ocorrendo no mês de abril.

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Segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), a cepa B.1.617, batizada de Delta se mostra mais rápida em sua capacidade de disseminação em relação às outras cepas. O caso havia sido identificado na cidade de Apucarana (PR) através de um sequenciamento de genoma feito pela Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz). 

As informações repassadas pela pasta dão conta que a vítima morava no Japão e desembarcou em solo brasileiro no dia 5 de abril. Antes de viajar, ela fez um teste RT-PRC, que apontou resultado negativo. Dois dias após chegar, ela começou a apresentar sintomas respiratórios, foi testada novamente, e desta feita positivou para a Covid-19.

No dia 15 de abril, a grávida foi internada, sendo submetida a uma cesárea de emergência em função do agravamento dos sintomas. No mesmo dia, ela acabou não resistindo e morreu. O recém-nascido permaneceu internado até o dia 18 de junho. Ele nasceu prematuro de 28 semanas, mas não foi infectado. 

Preocupação

A disseminação da cepa Delta, identificada pela primeira vez na Índia, tem preocupado especialistas e autoridades de saúde. Segundo a OMS, a variante indiana já circula por 92 países.

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Em solo nacional, o Ministério da Saúde confirmou a existência de 11 casos de infecção e um óbito provocado pela cepa, justamente o da mulher grávida citado acima. Das cinco regiões nacionais, apenas a Norte continua sem registrar casos desta variante.